AFINAL, A CHUPETA É MOCINHA OU VILÃ?

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AFINAL, A CHUPETA É MOCINHA OU VILÃ?

AFINAL, A CHUPETA É MOCINHA OU VILÃ? CONHEÇA OS BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DESSE RECURSO TÃO UTILIZADO.

Sabe-se que a sucção é reflexo do bebê desde o útero, pois serve como preparação para a amamentação.

No primeiro ano de vida, principalmente, a criança possui uma necessidade fisiológica de sucção, pois este ato promove a liberação de endorfina, que serve como um modulador do humor e da dor, causando ao bebê uma sensação de bem-estar.

A necessidade de sucção, na maioria das vezes, é satisfeita quando o bebê é amamentado, por meio do seio materno. No entanto, quando há leite em abundância, pode ocorrer de a fome ser saciada, mas não a necessidade de sucção. Quando isso acontece, a chupeta tende a acalmar os ânimos dos pequenos.

Agora, fica mais fácil entender porque a chupeta acaba sendo um calmante para a criança, uma vez que a sucção, conforme explicado, é uma necessidade fisiológica e libera um hormônio, por todos conhecido, como do bem-estar, pois age no sistema nervoso central.

A denominação desse hormônio se origina das palavras “endo” (interno) e “morfina” (analgésico).

Todavia, muita atenção! Segundo especialistas, o uso da chupeta acarreta mais prejuízos que benefícios à saúde da criança e, por isso, não deve ser estimulado.

Na verdade, há duas vertentes, quando se trata do uso da chupeta pela criança. A primeira é mais radical e contraindica, em absoluto, o seu uso. Já, a segunda, acredita que o uso deve ser feito com bastante moderação e cautela.

Segundo o odontopediatra Paulo César Rédua, a amamentação nem sempre é suficiente para satisfazer o desejo de sucção do bebê. Assim, para que a mãe não seja extremamente sacrificada, com o aleitamento materno excessivo, o uso da chupeta pode ser tido como um aliado.

No entanto, deve haver bom senso no uso deste recurso. Além disso, a chupeta não deve ser utilizada além dos 2 (dois) anos de idade, por acarretar prejuízos, tais como, a alteração da arcada dentária.

Importante frisar que, como dito, muitos profissionais se mantêm firmes em suas posições quanto à contraindicação da utilização da chupeta, sob a alegação de que o bico de plástico pode ocasionar muitos prejuízos ao desenvolvimento saudável da criança, senão vejamos:

  • Em primeiro lugar, estudos realizados mostram que a chupeta está associada a um tempo de duração menor do aleitamento materno, o que influencia diretamente na saúde do bebê.
  • Alguns especialistas recomendam a substituição da chupeta por brinquedos indicados para a idade, como mordedores, por exemplo, que não causarão vícios.
  • O malefício mais conhecido por todos está relacionado à deformidade da arcada dentária e problemas na mastigação, além de atrasos na fala.
  • Há, ainda, segundo os especialistas, relevantes prejuízos respiratórios, ocasionando uma expiração prolongada, redução da saturação de oxigênio e frequência respiratória. A respiração oral acaba predominando, o que piora a elevação do palato, diminui o espaço aéreo dos seios da face e provoca desvio do septo nasal. Além disso, a respiração oral leva à diminuição da produção de saliva, o que pode aumentar o risco de cáries. Há, também, maiores chances de irritações da orofaringe, laringe e pulmões, pois o ar que entra pela boca difere daquele que tem como entrada o nariz, sendo mais frio, seco e não filtrado. Merecem ser lembradas como consequências da respiração oral, as infecções de ouvido, rinites e amigdalites.
  • Por último, o uso da chupeta está diretamente ligado a maior propensão de candidíase oral (sapinho) e verminoses, pois, dificilmente, ocorre a adequada higiene desse utensílio.

Sendo assim, caso os responsáveis optem pelo uso da chupeta, é sempre bom lembrar que o seu uso deve ser realizado de forma moderada e, preferencialmente, até os 2 (dois) anos de idade.

Além disso, o modelo escolhido deve ser o ortodôntico, adequado à idade da criança, que tenha bico de silicone, com formato anatômico e furinhos nas laterais.

Não esqueça de lavar bem a chupeta após a compra, com água e sabão neutro e esterilizar, repetindo a operação uma vez ao dia. Caso o bico rasgue ou apresente qualquer alteração, troque imediatamente.

Referências: www.roprimeirobrinquinho.blogspot.com.br

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